Do francês (rêve = sonho), denominação cunhada por Bion (1962) que designa uma condição pela qual a mãe (ou o analista) estão em um estado de sonho, i.e., está captando o que se passa com o seu filho, não através dos órgãos dos sentidos, mas muito mais pela intuição, de modo que uma menor concentração no plano sensorial possibilita um maior afloramento da sensibilidade. É um componente da função alpha, capaz de colher as identificações projetivas da criança (ou paciente) independentemente de serem percebidas por esta, como sendo boas ou más; ou seja, é a capacidade de fazer uma identificação introjetiva das identificações projetivas da criança (ou paciente) de modo a permitir uma ressonância com o que é projetado dentro dela.Em outras palavras: a função rêverie designa a capacidade de sonhar, isto é, para pensar noutro registro, assim como também alude à importância de uma liberdade para sonhar, devanear, imaginar e para simbolizar abstratamente aquilo que é concreto.
Fonte: Zimerman, David E. Vocabulário contemporâneo de psicanálise. Porto Alegre: Artmed, 2001. Disponível em: https://edsonsoaresmartins1973.wordpress.com/wp-content/uploads/2018/07/vocabulc3a1rio-contemporc3a2neo-de-psicanc3a1lise-zimerman.pdf. Acesso em: 18 nov. 2024